PREFEITO MARDEN JÚNIOR PARTICIPA DE SOLENIDADE DE ASSINATURA DA AUTORIZAÇÃO DO ESTADO DE GOIÁS DA PROPOSTA DE COOPERAÇÃO INTERMUNICIPAL UTILIZANDO ATERRO NA CIDADE
“Iniciativa muito bem vinda, que serve de exemplo a outras cidades”, afirmou secretária estadual do Meio Ambiente, Andrea Vulcanis. Marden Júnior elogiou e agradeceu a agilidade da secretária em autorizar a proposta de cooperação entre Trindade, Campestre de Goiás, Santa Bárbara, Avelinópolis e Goianira, agradecendo também os prefeitos e vereadores destes municípios que aprovaram leis próprias viabilizando a iniciativa. “Estamos no mesmo barco e estamos de mãos dadas”, frisou ele
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) deu autorização, nesta terça-feira (15/03), para que o Aterro Sanitário Municipal de Trindade receba resíduos sólidos das cidades de Campestre de Goiás, Santa Bárbara, Avelinópolis e Goianira, que enviou de imediato seu primeiro caminhão de resíduos.
A cooperação intermunicipal foi proposta pelo prefeito Marden Júnior e pelo secretário do Meio Ambiente de Trindade, Roberto Badur. O modelo é considerado exemplar, entre outros fatores, porque se baseia em um aterro totalmente modernizado com investimentos de mais de R$ 2,5 milhões, com capacidade de receber e triar os resíduos para não comprometer sua vida útil, recebendo de cada município o recurso que auxiliará a cobrir o custo de operação da unidade.

O ato de entrega da autorização estadual, transmitido ao vivo pela página oficial da Prefeitura no Facebook, foi celebrado no aterro com a presença da titular da Semad, Andrea Vulcanis. Há uma semana ela conheceu os detalhes da proposta, apresentados por Marden Júnior e Carlos Alberto de Andrade, o Carlão da Fox, prefeito de Goianira e presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM). A secretária aprovou os termos estabelecidos entre as cidades, considerando uma “iniciativa muito bem vinda, que serve de exemplo a outras cidades”.
Segundo ela, as limitações financeiras dos municípios menores podem tornar grandes municípios com aterros sanitários controlados e licenciados, apoiadores dos outros, como ocorre em Trindade. Caminhando pelo local, ela considerou o aterro ideal, correspondendo às medidas sanitárias, tais como a manta de impermeabilização na trincheira atual, as técnicas de manejo e a queima de gases.
A secretária foi recepcionada pelo prefeito, com as presenças de Roberto Badur; do prefeito de Goianira, Carlão da Fox; do prefeito de Santa Bárbara de Goiás, Job Martins; o prefeito de Avelinópolis, Adriano de Araújo; o secretário de Meio Ambiente de Campestre, Ronivon Coracini, que representou o prefeito, Fabiano Capuzzo; do presidente da Câmara Municipal de Trindade, Wesley Cabeção, além de vereadores das cinco cidades, secretários municipais e técnicos de Trindade.
Marden Júnior elogiou e agradeceu a agilidade da secretária em autorizar a proposta de cooperação entra as quatro cidades, agradecendo também os prefeitos e vereadores das cidades envolvidas que aprovaram leis próprias viabilizando a iniciativa. “Estamos no mesmo barco e estamos de mãos dadas”, frisou ele.
O prefeito de Goianira falou representando os demais prefeitos da aliança com Trindade e também os outros municípios goianos. “Este é um projeto modelo, um dos muitos que vão existir, um exemplo para a Região Metropolitana de Goiânia”, disse.
Ele lembrou que a maioria dos prefeitos herda a questão do lixo após décadas de negligência ou incapacidade econômica de resolver e agradeu Marden Júnior e Andrea Vulcanis pelo despojamento e agilidade aplicados à cooperação formalizada entre as cinco cidades.
Job Martins, prefeito de Santa Bárbara, disse que o município já tinha recebido quase R$ 4 milhões de multas por não ter local apropriado para seus resíduos sólidos.
De outra cidade vizinha e também pequena, o secretário de Meio Ambiente de Campestre, Ronivon Coracini, desabafou dizendo que sua cidade “estava afogando em seu último respiro, sem condições de resolver sozinha a questão do lixo”.
Roberto Badur destaca que o ganho ambiental para a região se sobrepõe no momento, considerando que os resíduos “comprometerão menos o lençol freático, a bacia hidrográfica do Rio dos Bois, na região, e a própria microbacia do Arrozal, que abastece Trindade”, afirmou.
Ele também destacou que o volume de resíduos dos quatro municípios que será enviado ao aterro não chega a 50% do que é produzido por Trindade, e terá contrapartida financeira. Cada município pagará R$ 87,30 para cada tonelada trazida ao aterro de Trindade, recurso que será investido pela Semma para custear a operação da unidade.
Por fim, enfatizou que a instalação de uma usina de reciclagem será crucial para reduzir o volume de resíduos através da separação e reaproveitamento. Este processo vai envolver a colocação de uma esteira e a presença de associações de catadores em área preparada no aterro para o trabalho de separação.
O prefeito de Trindade entregou às autoridades uma placa alusiva ao momento atual: “A união de esforços para a criação de um centro de geração de energia e manejo de resíduos sólidos com o total aproveitamento de rejeitos, estabelecendo um novo patamar de proteção ambiental, projeto de atende a melhoria da qualidade de vida de um meio ambiente sustentável para Trindade e municípios conveniados”.
Dados técnicos do aterro
Ocupando uma área de 45 hectares, o Aterro Sanitário Municipal de Trindade tem capacidade útil estimada em 25 anos se forem aplicadas as técnicas de manejo implícitas no projeto de reestruturação. O depósito é dividido em trincheiras.
A trincheira 1 está com sua capacidade esgotada. A trincheira 2, recém-aberta, vai ser manejada para passar da média de 4 anos de vida útil para a de 8 anos. Ela receberá somente lixo doméstico.
Foi colocada uma manta de impermeabilização na trincheira 2 e na lagoa 2, com a colocação de sistema de drenagem pluvial, de percolado e gases do aterro sanitário.

A impermeabilização evita a contaminação do ambiente e das águas subterrâneas pelo chorume resultante da decomposição dos resíduos orgânicos. Apenas essa trincheira tem 110 metros de cumprimento por 100 metros de largura (1 hectare).
Uma trincheira 3 está sendo escavada e ela será destinada aos chamados materiais inertes, como os entulhos de construção, por exemplo. Para dar ainda mais racionalidade, será implantado um sistema de trituração dos resíduos.
O projeto do aterro envolve também uma usina de reciclagem do lixo coletado (favorecendo catadores), além de trituradores para moagem de material de construção e para moagem de galhos de árvore, todos resíduos reaproveitáveis.
Por fim, com foco em captação de créditos de carbono, também terá uma miniusina fotovoltaica para gerar 5mw utilizando a área da trincheira 1 para abrigar as placas solares.


Paulo Afonso Tavares 





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