Satélites mostram modelos em tamanho real de navios militares dos EUA montados no deserto da China
Instituto militar americano aponta que militares chineses podem usar réplicas de embarcações dos EUA para treinamento, enquanto cresce a tensão no Mar da China Meridional. Governo chinês nega. Imagem de satélite mostra o que parece uma réplica de um navio americano construído no meio do deserto da China Maxar Technologies via AP Imagens de satélite obtidas no domingo (7) por agências de notícias mostram o que seriam modelos em escala real de navios de guerra dos Estados Unidos construídos no meio do deserto da China. Embora não haja nenhuma informação oficial sobre o porquê dessas construções, acredita-se que elas sirvam como alvos para treinamentos militares chineses. Pelas imagens, é possível ver que ao menos um dos modelos replica um porta-aviões e um outro, um destróier. Um dos alvos foi visto montado em trilhos usados para transportá-lo. Entre as estruturas em escala natural, havia algumas mais sofisticadas, parecendo ser instrumentos de navegação, de acordo com o Instituto Naval dos Estados Unidos (USNI, na sigla em inglês). LEIA TAMBÉM EUA têm condições de defender Taiwan, diz general americano Entenda o papel do 'escudo de silício', que protege Taiwan China insiste que taiwaneses não devem ingressar na ONU Comandante de submarino americano que se acidentou perto da China é retirado do cargo Estrutura plana que serviria para fazer treinamentos militares na China, montada no meio do deserto em Xinjiang Maxar Technologies via AP Centrados em enormes porta-aviões, os comandos navais de batalha dos EUA estão entre as armas mais poderosas do arsenal americano. Um deles se encontra estacionado no Pacífico, onde observa áreas-chave como Taiwan e o Mar do Sul da China — onde existe em curso uma disputa nas águas territoriais chinesas. Do outro lado da disputa regional, a China vem desenvolvendo mísseis para combate naval há alguns anos. Essa corrida armamentista inclui projéteis capazes de destruir porta-aviões. EUA observam Imagem de satélite mostra terminal ferroviário onde estariam sendo construídas as réplicas dos navios americanos na China Maxar Technologies via AP As imagens chamaram a atenção das autoridades militares dos EUA. O Instituto Naval dos Estados Unidos diz que esses modelos foram construído há mais de dois anos — o do porta-aviões, diz um relatório, entre março e abril de 2019. "Passou por várias reconstruções e foi quase completamente desmontado em dezembro de 2019. Mas o local voltou a ser usado no final de setembro deste ano, e a estrutura estava praticamente concluída no início de outubro", completou. O instituto americano também diz que, segundo a empresa de Inteligência AllSource Analysis, a área já foi usada para testes de mísseis balísticos no passado. Ao ser questionado sobre as imagens, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse na segunda-feira não estar a par da situação. Pequim está avançando em um grande projeto de modernização de seu arsenal, de acordo com um relatório do Pentágono divulgado na semana passada, com muitas de suas armas projetadas para ajudar a neutralizar os principais navios americanos em caso de um conflito regional. Tensão nos mares MAPA - Mar da China Meridional g1 O Exército chinês mobilizou alguns de seus mísseis em exercícios, o que, segundo depoimento dado há meses no Congresso pelo almirante da Marinha americana Philip Davidson, é "uma mensagem inequívoca para o público regional e global". Os Estados Unidos fazem, regularmente, operações no Mar do Sul da China e ao redor de Taiwan, o que irrita Pequim. A China reivindica a soberania de quase toda essa área marítima e considera Taiwan como uma parte de seu território a ser retomada, um dia, se necessário à força.

Instituto militar americano aponta que militares chineses podem usar réplicas de embarcações dos EUA para treinamento, enquanto cresce a tensão no Mar da China Meridional. Governo chinês nega. Imagem de satélite mostra o que parece uma réplica de um navio americano construído no meio do deserto da China Maxar Technologies via AP Imagens de satélite obtidas no domingo (7) por agências de notícias mostram o que seriam modelos em escala real de navios de guerra dos Estados Unidos construídos no meio do deserto da China. Embora não haja nenhuma informação oficial sobre o porquê dessas construções, acredita-se que elas sirvam como alvos para treinamentos militares chineses. Pelas imagens, é possível ver que ao menos um dos modelos replica um porta-aviões e um outro, um destróier. Um dos alvos foi visto montado em trilhos usados para transportá-lo. Entre as estruturas em escala natural, havia algumas mais sofisticadas, parecendo ser instrumentos de navegação, de acordo com o Instituto Naval dos Estados Unidos (USNI, na sigla em inglês). LEIA TAMBÉM EUA têm condições de defender Taiwan, diz general americano Entenda o papel do 'escudo de silício', que protege Taiwan China insiste que taiwaneses não devem ingressar na ONU Comandante de submarino americano que se acidentou perto da China é retirado do cargo Estrutura plana que serviria para fazer treinamentos militares na China, montada no meio do deserto em Xinjiang Maxar Technologies via AP Centrados em enormes porta-aviões, os comandos navais de batalha dos EUA estão entre as armas mais poderosas do arsenal americano. Um deles se encontra estacionado no Pacífico, onde observa áreas-chave como Taiwan e o Mar do Sul da China — onde existe em curso uma disputa nas águas territoriais chinesas. Do outro lado da disputa regional, a China vem desenvolvendo mísseis para combate naval há alguns anos. Essa corrida armamentista inclui projéteis capazes de destruir porta-aviões. EUA observam Imagem de satélite mostra terminal ferroviário onde estariam sendo construídas as réplicas dos navios americanos na China Maxar Technologies via AP As imagens chamaram a atenção das autoridades militares dos EUA. O Instituto Naval dos Estados Unidos diz que esses modelos foram construído há mais de dois anos — o do porta-aviões, diz um relatório, entre março e abril de 2019. "Passou por várias reconstruções e foi quase completamente desmontado em dezembro de 2019. Mas o local voltou a ser usado no final de setembro deste ano, e a estrutura estava praticamente concluída no início de outubro", completou. O instituto americano também diz que, segundo a empresa de Inteligência AllSource Analysis, a área já foi usada para testes de mísseis balísticos no passado. Ao ser questionado sobre as imagens, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse na segunda-feira não estar a par da situação. Pequim está avançando em um grande projeto de modernização de seu arsenal, de acordo com um relatório do Pentágono divulgado na semana passada, com muitas de suas armas projetadas para ajudar a neutralizar os principais navios americanos em caso de um conflito regional. Tensão nos mares MAPA - Mar da China Meridional g1 O Exército chinês mobilizou alguns de seus mísseis em exercícios, o que, segundo depoimento dado há meses no Congresso pelo almirante da Marinha americana Philip Davidson, é "uma mensagem inequívoca para o público regional e global". Os Estados Unidos fazem, regularmente, operações no Mar do Sul da China e ao redor de Taiwan, o que irrita Pequim. A China reivindica a soberania de quase toda essa área marítima e considera Taiwan como uma parte de seu território a ser retomada, um dia, se necessário à força.


Paulo Afonso Tavares 





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